Corre no Senado o projeto de criar no Brasil a Universidade Mundial de Segurança e Desenvolvimento Social das Nações Unidas. A ideia foi detalhada nesta segunda-feira (6/11) em um evento na Argentina por Ilana Trombka, diretora-geral do Senado.
Inicialmente, será criado um curso de pós-graduação em Justiça Social, Criminalidade e Direitos Humanos. Serão 35 vagas, destinadas a parlamentares, servidores do Legislativo e da Administração Pública em geral. O início do curso está previsto para o mês de abril do ano que vem e as aulas serão ministradas em português e inglês.
As aulas serão em Brasília, no Instituto Serzedello Corrêa, do Tribunal de Contas da União.
O objetivo é desenvolver práticas que sejam levadas para os 192 países que compõe as Nações Unidas. A partir de abril, explica Ilana, serão criados mais cursos, sempre de pós graduação.
As disciplinas vão abordar temas como segurança humana, política criminal, lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos, violência nas cidades, discriminação social, tráfico transnacional, meio ambiente, direitos humanos e crime organizado.
Ao Brasil caberá ceder o terreno onde será construída a sede, em Brasília. O projeto também prevê a criação de campus em Belém e no Rio de Janeiro.
Na capital, o projeto da universidade, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, contempla, ainda, a Biblioteca do Congresso Nacional e o Museu do Senado Federal.
“Após esse primeiro passo, pretende-se, até abril de 2018, ter a autorização do MEC para o desenvolvimento de outros cursos, sempre em nível de pós-graduação. O diálogo com o MEC está se dando de forma frutífera e na próxima semana, no dia 9 de novembro, uma rodada de reuniões com INEP, SES e Conselho Nacional de Educação ocorrerão”, afirmou Ilana à ConJur.
A diretora-geral do Senado está em Buenos Aires, onde se apresentou 1ª Convenção Sobre Políticas Públicas e a Percepção da Corrupção na América Latina. O objetivo foi buscar apoio de líderes da América Latina e Caribe para a criação da Universidade da ONU no Brasil. Um projeto no mesmo molde já foi criado no Japão e na Costa Rica.
Ilana conta que este primeiro curso será gratuito, mas não há definição quanto aos próximos. Porém, adiantou que existe um esforço para nunca cobrar no caso de servidores públicos.